segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Vila Inglesa


A Vila Inglesa
Por Guilherme Gama, Otávio Julian e Rafaela Taborda.


A cidade de Paranapiacaba teve fortes influências inglesas e portuguesas. A grande diferença entre ambos era que os ingleses eram a elite da cidade; eram eles quem tomavam conta da ferrovia assim como de todos os funcion·rios.
O grande destaque para a Vila Inglesa (Vila Velha ou Vila Martin Smith) o estilo vitoriano do século XIX presente nas casas de madeira que ficam na parte baixa da cidade, próximas a linha férrea, que diferenciava as casas inglesas das casas portuguesas, que se encontravam na parte alta da cidade.
Além disso, é visível que houve uma preocupação muito grande com o planejamento urbano e arquitetônico nas casa inglesas já que estas, ao contrário das casa portuguesas, possuiam um terreno definido, assim como as casas que eram divididas em 7 tipos, indo de A até F, que diferenciavam o cargo de cada funcionário na ferrovia, o que evidencia ainda mais o estilo hierarquico existente nas residências inglesas.

Casa B - A casa dos medianos.

Os funcionários mais simples viviam nas casa de tipo F, divididas em somente dois cômodos, já que a função destes na ferrovia era menos valorizada; enquanto os grandes engenheiros viviam nas casas de tipo A ou X, (sendo a última uma ideologia de casa perfeita, a maior de todas) já que possuíam maior influência sobre as decisões na ferrovia.


Casa X - Projeto da casa perfeita.

A organização do bairro era totalmente baseada na organização da ferrovia. Sendo assim, via-se que os ingleses possuíam muito mais poder sobre a cidade, pois a companhia ferroviaria São Paulo Railway pertencia a eles.

O símbolo da São Paulo Railway (SPR) estava presente em todas as casas da Vila Inglesa.
Detalhe do "respiro" do porão de casa na Vila Inglesa


Além das casas de funcionários com famílias, também existiam as casas de solteiro, que consistiam em um único cômodo e se isolavam do restante das casas para que as moças, filhas dos funcionários, não passasem aos arredores das casas dos solteiros da cidade.


A Vila Velha também era onde se concentrava o grande poder ferroviário: a casa do engenheiro chefe. Esta não se igualava a nenhuma outra já que está localizada no ponto central da cidade e tem a vista privilegiada que engloba toda a linha férrea assim como as casas de toda a região, tendo controle absoluto de tudo que ocorria na cidade de duas janelas de um cômodo da casa: o escritório.





Castelinho: Localização elevada garantia a vigilância dos operários. 























Vista da janela direita do escritório.          Vista da janela esquerda do escritório.
O Castelo: casa do engenheiro-chefe.

       Esta casa, conhecida como Castelo (ou Castelinho) era uma típica mansão vitoriana. 
Da residência, o engenheiro-chefe dizia ter o total controle de todas as áreas de seus funcionários, o que espalhava medo dentre eles, que por este motivo, faziam todas as suas tarefas corretamente por temor do poder supremo da cidade. 
Porém, Paranapiacaba é uma cidade extremamente úmida por se encontrar na região da Serra do Mar, e, por isso, a neblina é extremamente intensa na região, o que impede uma visão plenamente limpa da cidade, mesmo de um ponto alto como se encontra o Castelo. 
Levando em consideração estes fatores, fica claro que os funcionários sofriam tal pressão, sendo que na verdade, na grande maioria das vezes, eles não estavam sendo observados de fato. 
Abastecimento e Diversão: Além das casas, na Vila Velha também estavam o Mercado e o Clube União Lira Serrano.
O mercado, na época, servia para armazenar um empório de secos e molhados, e, posteriormente, transformou-se numa lanchonete.
O Clube União Lira Serrano foi uma união, realizada pela SPR, da Sociedade Recreativa Lira da Serra e do Serrano Atlético Clube. O salão do clube servia como quadra de esportes, salão de festas, cinema e teatro. 
O hall de entrada do clube era público, sendo que todos, funcionários e engenheiros, podiam usufruir dos bens do clube; porém o andar superior (que dava acesso aos camarotes do salão) era restrito aos engenheiros e chefes da SPR, e dava acesso a sala de troféus do clube.

O mercado.


O Cube União Lira Serrano.




O salão do Clube Lira Serrano.


As iniciais ULS (União Lira Serrano) no centro do salão de festas.

Como símbolo de Paranapiacaba temos o relógio, situado próximo às margens da rodovia, conhecidos pelos moradores satiricamente como "Big Ben" já que estava construído na Vila Inglesa, tendo direta relação com os ingleses.
O relógio é um pontro de referência na cidade. Situava-se próximo aos trilhos do trem para facilitar o cronograma de toda a ferrovia e dos funcionários.
Por ser uma cidade com uma ocorrÍncia muito intensa de neblinas durante todo o dia, a vis„o do relógio é dificultada, portanto, além dos próprios ponteiros, os ingleses adaptaram o relógio para que os funcionários pudessem ter acesso às horas: tornaram-o sonoro.
A cada hora que se passava o relógio soava o som dos sinos pelo horário. Por exemplo, às 10h, os sinos soavam 10 vezes para que os trabalhadores soubessem as horas mesmo com a barreira da neblina.







quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Vila Portuguesa


Vila Portuguesa

 Juliane Secol;
Juliana Biondi;
Mariana Penteado;
Vinicius Perseghetti



Características

Em Paranapiacaba, cidade no estado de São Paulo, existia uma divisão nítida – geográfica e social – da população. Os portugueses e os ingleses moravam, respectivamente, na Parte Alta e na Parte Baixa, esta também conhecida como “Local da Ferrovia”.


Podem-se ressaltar características da vila portuguesa sendo o local mais alto da cidade, a Igreja central localizada na parte mais alta do distrito o cemitério era exclusivo para portugueses, não podendo protestantes. Há lápides especiais (feitas de mármore) para trabalhadores maquinistas ou foguistas quando acidentados e mortos em trabalho, do “São Paulo Railway”, por ordem do bispo, ficavam reconhecidos como heróis.

Empregados de patrões ingleses que conseguiam aposentadoria, subiam o morro, e se instalavam na vila portuguesa, parte mais pobre de Paranapiacaba. As condições de vida eram precárias, morriam muitas pessoas por conta de doenças tropicais, acidentes na construções – terrenos instáveis.

Ocupação Espacial

A região se caracteriza por uma má organização arquitetônica, as casas são sem recuo, agregadas umas às outras, não possuem jardins ou quintais (sem calçadas). As cores eram aleatórias e vivas, não possuindo uma cor padrão. 

Curiosidades      


                  A população decadente por conta da perda de valorização da ferrovia (economia). No auge da utilização ferroviária a população estava em torno de 5 mil habitantes, após essa queda reduziu-se para 1,2 mil habitantes.
A igreja que está localizada no topo mostra a superioridade católica em relação ao protestantismo, região oficial dos ingleses. 
As casas portuguesas são parte do patrimônio histórico de Paranapiacaba, portanto, se algum morador desejar fazer uma reforma, ou restauração em sua residência, terá que passar por três órgãos responsáveis pela conservação da cidade. Além disso, esses estabelecimentos quando era usada para o comércio, este ficava na parte inferior e a moradia na parte superior.